sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Entendendo a tradição

Tradição: «a chave para nossa auto-compreensão»
A Ortodoxia afirma que as verdades eternas da revelação salvífica de Deus em Jesus Cristo são preservadas na Tradição viva da Igreja sob a direção e inspiração do Espírito Santo. As Sagradas Escrituras são o coração da Tradição e o fundamento da fé. Enquanto a Bíblia é o testemunho escrito da revelação de Deus, a Tradição Sagrada é a experiência completa da Igreja fiel sob a permanente condução e direção do Espírito Santo. Essencialmente, os Cristãos Ortodoxos consideram que suas crenças são muito semelhantes às de outras tradições cristãs, mas que a continuidade e integridade da fé Apostólica incólume transmitida aos Santos tem sido preservada inalterada na Igreja Ortodoxa. Esta auto-compreensão da Ortodoxia não a tem impedido de participar ativamente do movimento ecumênico. Há cooperação integral em muitos esforços para afirmar o testemunho Bíblico e Apostólico que estabelece a base sólida para a unidade dos Cristãos em uma só Igreja.

O Credo Niceno: «a Fé da Ortodoxia»
A Igreja Ortodoxa é profundamente bíblica e patrística. Sua profissão de fé fundamental é o Credo Niceno-Constantinopolitano, que foi universalmente promulgado durante o Segundo Concílio Ecumênico (381 AD). É uma síntese, sumário essencial das verdades salvíficas do Cristianismo, proclamando em forma doxológica o mistério do amor e ação de Deus pelo gênero humano. O Credo Niceno contém os critérios da fé cristã e é considerado um guia para o entendimento da Bíblia. Este Credo é uma declaração autorizada e oficial de fé e o critério infalível da verdadeira Ortodoxia. Proclama um só Deus em três Pessoas -- Pai, Filho e Espírito Santo; a Igreja una, Santa, Católica e Apostólica; um só Batismo para a remissão dos pecados; a Ressurreição dos mortos; e a vida eterna. Nós conhecemos Deus em Trindade através de Suas energias e Seu proceder para conosco na história sagrada, primeiro através do povo judeu e finalmente em Seu Filho Jesus Cristo e Seu Corpo Místico, a Igreja. A Igreja Cristã foi fundada sobre a fé dos Santos Apóstolos e é conduzida e santificada pelo Espírito Santo por todo o sempre. É o "Corpo de Cristo", a comunidade do fiel povo de Deus. É o local histórico do Reino de Deus instaurado que encontrará seu cumprimento definitivo em Deus no final dos tempos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dons e Carismas

Dons e Carismas

Palavra de Sabedoria

Uma enunciação do Espírito Santo aplicando a Palavra de Deus, ou a sua sabedoria, a uma determinada situação.
At 6.31Co 12.8; 13.2,9,12
Estevão: At 6.10Tiago: At 15.13-21


Palavra de Conhecimento

É o Espírito Santo revelando conhecimento a respeito de pessoas, circunstâncias, ou verdades bíblicas.
At 10.47,48; 13.21Co 12.8; 13.2,9,12
Pedro: At 5.9,10




Fé sobrenatural comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus, para a realização de milagres.
Mt 21.21,22Mc 9.23,24Lc 17.6At 3.1-8; 6.5-81Co 12.9; 13.2Tg 5.14,15
Centurião: Mt 8.5-13Mulher Enferma: Mt 9.20Cegos: Mt 9.27-29Mulher Pecadora: Lc 9.36Leproso: Lc 17.11-19


Cura

Restauração da saúde de alguém por meios sobrenaturais divinos.
Mt 4.23,24; 8.16Mc 1.32-34; 6.13Lc 4.40,41; 9.1,2Jo 6.2; 14.12At 4.30;5.15,161Co 12.9,28,30
Jesus e Apostolos


Operação de Maravilhas (Milagres)

Poder divino sobrenatural para alterar o curso da natureza
Mt 4.23,24; 8.16Mc 1.32,33,39Lc 4.40,41; 9.1Jo 7.3; 10.25,32At 2.22,43; 4.30Rm 15.191Co 12.10,292Co 12.12Gl 3.5

Profecia


A capacidade momentânea e especial para transmitir mensagem, advertência, exortação ou revelação da parte de Deus sob a direção do Espírito Santo.
Lc 12.12At 2.17,181Co 12.10; 13.9Ef 4.111Ts 5.20,212Pe 1.20,211Jo 4.1-3
Isabel: Lc 1.40-45Maria: Lc 1.46-55Zacarias: Lc 1.67-79Pedro: At 2.14-40; 4.8-12Ágabo: At 21.10,11


Discernimento de espíritos

Capacidade especial para julgar se profecias e enunciações sobrenaturais outras, provém do Espírito Santo.
1Co 12.10; 14.29
Pedro: At 8.18-24Paulo: At 13.8-12; 16.16


Falar em outras Línguas

Expressar-se a nível do espírito, sob a influência direta do Espírito Santo, numa língua que a pessoa não aprendeu e nem conhece.
1Co 12.10,28,30;13.1; 14.1-40
Discípulos: At 2.4-11Cornélio: At 10.44,45Crentes: At 19.2-7Paulo: 1Co 14.6,15,18


Interpretação de Línguas

Capacidade especial para interpretar o que é falado em línguas estranhas, pelo Espírito Santo.
1Co 12.10,30;14.5; 13.26-28


Classificação dos carismas

Os carismas se calssificam em três grupos:

Revelação: sabedoria, palavra de conhecimento ou ciencia, discenimento dos espíritos.
Comunicação:dons delinguas,interpretação das linguas e profecia.
Poder ou obras: fé,milagres ecuras.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Avivamento


Avivamento

Avivamento. O que é? Quando acontece? Como acontece? CuidadosPor: Paulo QuentinoConselho PastoralComo seria bom se alguém pudesse afirmar que descobriu a verdadeira resposta para cada uma destas perguntas, talvez exterminaríamos de uma vez por todas com uma série de problemas que temos herdado desde nossos antepassados.Normalmente quando se fala em avivamento, logo se pensa em encontros de crentes, “cheios de poder” falando em línguas, tendo revelações, curas, clamor, muito barulho, etc. e partindo desta concepção errada, percebemos que a grande maioria tem uma idéia vaga, não bíblica e infelizmente a tendência é fecharmos todas as portas de nossas Igrejas para o avivamento.Estamos carentes de uma verdadeiro avivamento, mas por outro lado ficamos temerosos em nos abrirmos e buscarmos mais, justamente por estes preconceitos adquiridos.Avivamento é uma ato sobrenatural de Deus na vida de todo o cristão que com sinceridade abre seu coração e permite que através do Espírito Santo, haja mudança de atitude para com todo o pecado em sua vida.Hoje, a tendência é supervalorizar os dons e esquecer totalmente o caráter cristão, ou seja, tem dom de curar, ou se fala em línguas, tem revelação, traz mensagens poderosas, etc.. na Igreja nos cultos é uma bênção mas em casa ou no trabalho ninguém o suporta, suas amizades são duvidosas, suas contas não são pagas em dia, fala mal do vizinho, etc.. isto não é tão importante, poucos estão interessados em saber como está a vida cristã, melhor é Fazer ou Ter, do que Ser.Existem fortes movimentos que procuram criar um avivamento mecânico, onde a emoção é a base para a ação, levando muitos a tomar decisões sinceras sem entender realmente quais as implicações em sua vida leva a maioria desistir e voltar ao comodismo com seus hábitos e costumes antigos.Sempre que preciso falar sobre avivamento, lembro-me de uma comparação que aprendi ainda quando era jovem, em uma mensagem que ouvi. A Igreja do Senhor Jesus pode ser comparada como uma árvore que, naturalmente estando saudável é claro, deve produzir folhas e frutos.Uma árvore que possui só folhas é bonita, produz sombra, chama atenção de todos pela formosura, mas podemos afirmar que está incompleta, pois falta-lhe o fruto, quando chega um vento o barulho que fazem é muito grande.Por outro lado a árvore que possui apenas os frutos, é desejada pelo seu conteúdo e muitos podem saciar sua fome, no entanto esta árvore não é atraente, pois falta-lhe algo que melhore sua aparência.Se considerarmos esta analogia entre (árvore e Igreja) e compararmos as folhas com os dons espirituais e os frutos com os frutos espirituais, podemos concluir algumas verdades:Toda Igreja assim como a árvore para ser completa dever ter folhas (dons) e frutosUma Igreja somente com as folhas, pode ser atraente mas não tem conteúdo, não mata a fome de ninguém, totalmente vulnerável ao vento, e barulhentaUma Igreja somente com frutos, é saudável, tem conteúdo para saciar a fome, mas não tem beleza e não se movimenta apesar do vento, muito pesada.O ideal então deve ser uma Igreja que tenha os dons que embelezam, alegram, chamam atenção e também os frutos, pois são de extrema necessidade para dar alimento e equilibrar a árvore diante dos ventos.Algumas definições:O apóstolo Paulo registrou o segredo de uma vida cheia do Espírito e avivada - Gálatas 2: 20 Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim."Avivamento é o sopro de Deus para tirar a poeira que foi acumulado no decurso dos anos sob nossa vida espiritual" - Ashbel Green Simonton"Avivamento é um ato sobrenatural de Deus na vida do cristão que, abrindo para ele o seu coração, torna-se fértil para produção do fruto do Espírito, enchimento e dons espirituais" – Jossy Soares "Avivamento é uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito Santo de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de sua santa presença e é surpreendida por ela" - John StottMarcas do AvivamentoQuando acontece o avivamento, causamos impacto e fazemos diferença para melhor em nossa sociedade.Em seu ambiente de trabalho, no lar e na escola todos reconhecem o bom cheiro de Cristo em sua vida - II Co 2:14 - 15 E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem.Mudança de atitude com respeito ao pecado - arrependimento, confissão e restituiçãoAtitude de louvor e glorificação a Deus – Novo cântico de louvor e adoraçãoTorna-se mais ativo na Igreja do Senhor Jesus - através de seus dons e frutos espirituaisCaráter totalmente trabalhado por Deus transformação e renovação de valoresAmor pela Palavra de Deus leitura, estudo, reflexão e aplicação dos princípios na vida.Uma vida de oração: aprendemos orar a vontade de Deus e não nossa.Fica inquieta - não se conforma com a inércia espiritual em sua Igreja.Quando começa o avivamentoAvivamento começa quando descobrimos que não podemos viver por nós mesmos e decidimos entregar nossa vida inclusive a cristã totalmente nas mãos de nosso Senhor Jesus Cristo.O apóstolo Paulo escreveu: “fui crucificado com Cristo, logo já não sou eu mais quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus que me amou e se entregou por mim – Gl. 2: 20O desenho da Cruz na capa ilustra muito bem o que é depender totalmente do poder de Deus em nossas vidas para que crucificados com Cristo, possamos viver avivados inclusivamente na força e no poder do Espírito Santo.Cuidados diante do AvivamentoNa revista Ultimato nº 266 de set/out de 2002 vemos as seguintes cuidados que precisamos ter diante dos movimentos de avivamento.• Os super crentesNo livro de Francis Schaeffer ele nos chama atenção ao grupo dos super espirituais, ou seja, desprezam o intelecto, a doutrina, corpo e cultura, para dar ênfase ao espetacular ou ao extraordinário.• Dependentes de EmoçõesAs emoções são muito valorizadas e passam a dirigir as decisões.• Busca exagerada em milagres e ou visõesPrecisam das visões e dos sinais a cada dia para sobreviver.• FanatismoA distância entre o zelo e o fanatismo não é muito grande, mas a diferença entre um e outro é gigantesca. O Espírito nos leva ao zelo, ao entusiasmo, à plena submissão, à devoção total, ao desprendimento, mas nunca ao fanatismo.O que falta para as nossas Igrejas chegarem ao avivamento verdadeiroConsagração mais qualidade de tempo com DeusDisciplina os pastores devem praticar a disciplina tanto a educativa como a punitiva.Fome pela Palavra de Deus - vamos desafiar nossos membros a leitura diária e devocionais.Oração sem dúvida, sem oração não haverá avivamento, ainda somos uma Igreja que ora pouco. Pouca oração, pouco poder; muita oração, muito poder; nada de oração nada de poder.Mudança de comportamento o comportamento cristão precisa ser diferenciado do mundo.Fé a dúvida é o medo afastam-nos de Deus e consequentemente do avivamento.Confissão de pecados estamos quase perdendo a prática de confissão e restituição de nossos pecados.Pastores realmente comprometidos com santificação que busquem uma verdadeira unção para seus ministérios.Uma mensagem para refletirI Avivamento é vida espiritual abundante.Para tempos de desânimo e de afastamento da fé genuína, temos positivamente uma promessa gloriosa que se encontra em seu apogeu de cumprimento: o avivamento espiritual. - Atos 2: 39. Que promessa era essa? Era a de que receberiam o dom do Espírito Santo, v. 38. O Espírito ajudador. O que o apóstolo Pedro diz em At 2:39 é que, uma vez convertido e integrado na Igreja, o crente tem à sua disposição o Espírito Santo, com seus dons e poder. Ele vai ajudá-lo na intercessão, no entendimento da Palavra e na pregação. E vai fazer do crente uma pessoa ativa, mesmo em meio a um mundo cheio de dúvidas e de escuridão.Trabalho na Obra. Avivamento é disposição para o trabalho do Senhor. É ousadia e intrepidez. Mais do que em si, no seu conforto, em seus negócios, o crente avivado pensa no serviço que deve prestar ao reino de Deus. Ele se doa constantemente, com toda disposição.II Avivamento é fonte de poderPouco antes de sua ascensão, Jesus proferiu as célebres palavras: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo”, At 1: 8. Ele estava dando aos discípulos a garantia de que teriam os recursos necessários para dar continuidade à obra iniciada.Milagres - Esse poder que enche de coragem, dinamismo e abundante graça evidenciou-se na vida dos crentes primitivos. Havia milagres esplêndidos, a ponto de até a sombra Pedro curar, At 5: 15. Levavam os aventais e lenços de Paulo e os colocavam sobre os doentes e perturbados e vidas eram libertadas, At 19: 12. O texto de Atos 3: 1 registra um milagre tão extraordinário que o povo ficou cheio de pasmo e assombro. Um coxo de nascença esperava receber de Pedro e João uma simples esmola, porém recebeu a cura física. Logo depois, foi visto entrando no templo, andando, saltando e louvando a Deus, contente, At 3: 9. Tal era o poder na vida dos apóstolos, que os milagres eram freqüentes.Prodígios nas Escrituras. Três fases da história bíblica foram plenas de grandes milagres: a de Moisés, a do profeta Elias e a do começo da Igreja. O Senhor tinha um propósito ao agir assim: autenticar a mensagem dos pregadores e levar pessoas à fé. Os crentes do primeiro século viram de perto grandes manifestações de poder. Curas e libertações eram comuns.III Avivamento é despertamentoO avivamento raiou no dia de Pentecostes e os crentes, inflamados com esta bênção, partiram corajosamente para conquistar almas perdidas. Essa história maravilhosa está narrada no livro de At.1: 8 esta a grande promessa e, em At 2: 1-4, o cumprimento. De At 2: 5 em diante, nasce uma poderosa obra missionária. Logo começam os resultados, At 2: 41; At 4: 4. Os cristãos anunciavam com ousadia e intrepidez a Palavra de Deus.A Igreja que faz a oração de Habacuque tem prazer no louvor, no evangelismo, na pregação da Palavra, no envolvimento na obra missionária. Ela existe para servir. Por isso, está sempre consciente de que, fora das quatro paredes de seu templo está o grande desafio. Uma igreja assim jamais se acomoda.Oração da nossa COBIM“Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, e no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira Senhor, lembra-te da misericórdia”, Hc 3: 2.A oração do profeta Habacuque é um clamor pelo avivamento. Quando olhamos o estado de vida da maioria das pessoas que nos cercam, percebemos o enorme vazio entre seu querer, seus sonhos e o modo real como vivem. O contraste é chocante, principalmente no campo espiritual e social. Em meio a um mundo tão avançado na tecnologia, está o homem tão abatido, tão arrasado, tão deprimido. Na Igreja, nós também nem sempre estamos satisfeitos. Há muitos com uma fé abatida, diminuta. Para outros a religião se tornou um costume, uma rotina. E a Igreja uma espécie de clube, aonde é bom ir. Mas, nosso projeto é maior. Queremos mais. Mais de Cristo, mais de seu amor. Em tempos assim é que precisamos de avivamento, para sermos mais dinâmicos na fé.

sábado, 5 de julho de 2008

POR QUE LOUVAR A DEUS?

MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS

Por que o povo louva ao Senhor?

(1) Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso Deus, aquele que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquele a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3).
(2) A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20); deste modo, louvamos a Deus pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6).
(3) Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13; Lc 13.13; At 3.7-9).
(4) Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome(68.19; 103; 147; Is 63.7).

DIRIGIDOS PELO ESPÍRITO SANTO

Guiados pelo Espírito Santo


A declaração: “Pois todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8.14) é uma afirmativa precisa, bem clara, que todos nós que fomos justificados diante de Deus pela obra de Cristo Jesus, deveríamos ter convictamente firmada em nós. Inquieta-nos, entretanto, que muitos irmãos não a tenham, de forma bem clara, efetivamente firmada, em seu coração. Muitos ainda têm dúvida quanto a sua efetiva filiação a Deus. Essa é uma situação que limita a comunhão como Pai e o viver pela fé
Também, não é suficiente que uma realidade espiritual como essa não pode saber, intelectualmente, que somos filhos de Deus não é suficiente. É preciso que tenhamos uma absoluta certeza desse fato. No versículo que temos diante de nós, Paulo traz um importante esclarecimento de como podemos saber sobre nossa real filiação a Deus. Numa simples frase ele declara que se somos guiados pelo Espírito Santo somos filhos de Deus.
É importante lembrarmos que em toda a vida terrena do Senhor Jesus, em todo o seu ministério, foi guiado pelo Espírito Santo. Sua própria concepção em um corpo humano foi através da ação do Espírito. O anjo afirmou a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sobra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1.35). Cumpria-se a profecia de Isaías: “eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”(Isaías 7.14).
Os quatro evangelistas são unânimes ao narrarem que em seu batismo o Espírito Santo desceu Jesus e: “Eis que um voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em que me comprazo” (Mateus 3.17). E, logo após, Jesus “foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto” (Lucas 4.1). A seguir o mesmo evangelista descreve: “Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galiléia” (v 14). Na visita à sinagoga de Nazaré, Jesus declara: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para...”(v 18), segue-se a enumeração das obras que lhe foram destinadas fazer.
Certamente, alguém perguntará: “Mas, como eu posso saber que sou guiado pelo Espírito Santo?” Há diversas maneiras através das quais podemos saber como o Espírito nos guia. Queremos apresentar, aqui, apenas uma dessas formas, aquela que está bem ao nosso alcance.
Lembremos o que Jesus disse aos seus discípulos ao dar instruções sobre o Espírito Santo que ele enviaria após seu retorno junto ao Pai: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as cousas que hão de vir” (João 16.13). Essa é uma das grandes declarações de Jesus sobre o Espírito Santo. Ele é o Espírito da verdade. Nessa declaração temos uma das chaves para entendermos como o Espírito nos guia. Ele nos guia em termos da verdade e em conexão com a verdade.
É importante lembrar que estamos cercados por espíritos que não procedem de Deus e querem enganar os filhos de Deus com suas falsidades. João, em sua forma carinhosa de advertir nos diz: “Amados, não deis crédito a qualquer Espírito; antes provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (I João 4.1). Entretanto, o Espírito Santo é o Espírito da verdade e somente ele pode nos guiar em termos do que é reto segundo o curso da verdade. Na realidade ele sempre nos guiará pela Palavra de Deus, pois, somente nela está toda a verdade eterna.
O próprio Espírito Santo foi o direto inspirador dos escritores que compuseram os diferentes textos da Bíblia. Ele lhes deu a mensagem e os inspirou na sua redação. Assim, é pela Bíblia que ele nos guia. Andando pela verdade bíblica, estaremos sendo guiados sempre por ele tendo o forte testemunho em nosso espírito de que somos filhos de Deus. Recordemos o que Jesus disse sobre o Espírito Santo: “porque não falará por si mesmo; mas dirá tudo que tiver ouvido e vos anunciará... há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16.13,14).
O Espírito Santo sempre age em conexão com a verdade – “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus... Assim, também as cousas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo cousas espirituais com espirituais” (I Coríntios 2.10-13). Essa declaração de Paulo é a descrição bem clara de como o Espírito Santo nos guia na verdade.
Como o Apóstolo faz em sua carta aos Gálatas, peçamos ao Pai que nos “conceda espírito de sabedoria e de revelação do pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força de seu poder” (Efésios 1.17-20). Isso virá pelo Espírito Santo.
Com nossas mentes iluminadas conheceremos mais e mais de Jesus. Assim, alcançaremos a “sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu: porque, se a tivessem conhecido,jamais teriam crucificado o Senhor da glória” (I Coríntios 2.8). É o Espírito Santo que nos diz em Tito 2.11-14: “Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões humanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória de nossa grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de redimir-nos de toda a iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras”. Se a nossa esperança é essa, então sabemos que somos filhos de Deus.
Deixemos o Espírito Santo nos guiar com a Palavra de Deus, pois, ela não nos foi dada para especular ou discutir sobre ela, mas para nos submetermos a ela. Só seguiremos a trilha brilhante da verdade de Deus quando nos rendemos incondicionalmente à verdade que ela revela. Então, entraremos na realidade de tudo aquilo que Deus tem entesourado em Cristo Jesus para nós. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (João 14.21).
Lembremos o que foi dito ao povo de Deus no passado: “Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes, para que vivais. E entreis, e possuais a terra que o Senhor, Deus de vossos pais, vos dá” (Deuteronômio 4.1). Os verbos aqui usados são: ouvir, cumprir, viver e possuir. Esse é um princípio universal e permanente. Verdadeiro, também, para nós! Deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo nessa caminhada de fé ouvindo, cumprindo, vivendo e possuindo a revelação que Deus nos traz em sua Palavra e chegaremos à firme convicção de que somos filhos de Deus.

O DOM DO ESPÍRITO SANTO


O DOM DO ESPÍRITO SANTO


Sem força, sem nenhuma energia para fazer o bem: tal é o estado ao qual o pecado reduziu o homem. Ele não somente caiu sob a escravidão do pecado — o que faz necessária a sua redenção— mas também se viu reduzido a um estado de impotência, sem poder agradar ou servir a Deus.
Para compensar esta falta de força, devemos possuir um poder. Este nos é indispensável tanto para nos libertar de nossa paralisia interna, produzida pelo pecado, como para nos permitir servir ao Senhor nas diversas circunstâncias exteriores. Deus nos tem dado este poder, e o maravilhoso é que Ele enviou o Seu Espírito para habitar em nós. Algo menos que isso poderia parecer suficiente, mas, em Seu amor e sabedoria, Deus quis que o Espírito Santo — pessoa divina— fosse a energia ativa do crente. O Senhor ressuscitado, prestes a subir ao céu, disse aos discípulos: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas” (At 1:8). Esta elevada bênção foi cumprida dez dias mais tarde, no dia de Pentecostes.



Nascido do Espírito e Habitação do Espírito


Em Ezequiel 36 e 37 formulam-se profecias que dizem respeito ao novo nascimento e à vivificação que se cumprirão no remanescente de Israel, a fim de prepará-lo para a bênção milenar. Nestes dois capítulos também é abordado o dom do Espírito Santo. “Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36:27), e ”Porei em vós o meu Espírito, e vivereis” (37:14). Disto resultará para Israel uma vida espiritual que se manifestará por meio de uma obediência ativa à vontade de Deus.
Outras passagens do Antigo Testamento contêm promessas semelhantes. Por isso o apóstolo Pedro explicou no dia de Pentecostes que o que acabava de acontecer era a concretização da profecia de Joel (At 2:16-21; Jl 2:28-32). Contudo, o dom do Espírito Santo no dia de Pentecostes implica uma plenitude e uma permanência pouco consideradas no Antigo Testamento.
O novo nascimento é produzido pelo Espírito Santo. Disto resulta uma nova natureza, que é espiritual em seu caráter essencial. Isto, não obstante, deve ser distinguido da morada do Espírito dentro de homens já nascidos de novo.
É muito útil compreender que o poder do crente está unido não à sua nova natureza, mas sim à efetiva habitação da pessoa do Espírito Santo nele. O capítulo 7 da epístola aos Romanos narra a experiência de alguém que é nascido de novo, visto que possui “o homem interior”, o qual se deleita na lei de Deus (v. 22). Portanto, aprova o que é bom e o deseja ardentemente, mas vê-se incapaz de praticá-lo. Só no capítulo 8, depois de o crente ter contemplado a Cristo, seu Senhor (7:25), lemos: “a lei (ou autoridade) do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei (ou autoridade) do pecado e da morte” (Rm 8:2). A força que liberta encontra-se em Cristo e em Seu Espírito. Em nós mesmos, não temos nenhum poder, ainda que tenhamos uma nova natureza.
Isto é particularmente certo para dar testemunho acerca do Senhor ressuscitado. Em Lucas 24:49 e Atos 1:8 o Senhor indica claramente a Seus discípulos que eles devem esperar ser revestidos de poder antes de se tornarem Suas testemunhas. Considere que eles tinham seguido ao Senhor durante três anos e o Espírito tinha operado neles. Ademais, tinham recebido instruções excepcionais da própria boca do Senhor. Apesar disso, todos esses privilégios não lhes conferiam força suficiente. Qualquer que tenha sido a sua diligência para empreender o testemunho, faltava-lhes eficácia até que o Espírito tivesse sido dado. Mas, a partir desse momento, a boca deles foi aberta e com que notáveis resultados!



Cheio do Espírito


No dia de Pentecostes, os discípulos não receberam simplesmente o Espírito para que habitasse neles, antes “todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2:4). Quando um crente está cheio do Espírito, sua carne se torna inativa e nada pode opor-se a Seu poder. Vemos isto em Estevão, que estava “cheio de fé e do Espírito Santo”, “cheio de graça e poder”. Os seus adversários não podiam “sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito pelo qual ele falava” (At 6:5, 8, 10 e 7:55). Incapazes de lhe resistir, usaram a violência como único recurso.
Estar cheio do Espírito não é um estado permanente, ao passo que ser habitado por Ele é. Com efeito, Pedro foi cheio do Espírito pelo menos duas vezes (At 4:8 e 31). No entanto, todos os crentes são exortados a encher-se do Espírito (Ef 5:18). Pode parecer estranho que tal condição seja comparada ao ato de se embriagar com o vinho. O vinho tem influência sobre o comportamento do homem; quem dele abusa sente-se agitado e já não se controla. A ação do Espírito não tem nada que ver com essa influência. Aquele que está cheio do Espírito controla os seus atos ao mesmo tempo que é dirigido de maneira conveniente e divina. De fato, nesta passagem, como em toda a epístola aos Efésios, o que é muito mau é colocado em oposição ao que é muito bom.
Quando um homem está cheio do Espírito, toda ação carnal é excluída. Todas as coisas que ocupam os nossos pensamentos, o nosso tempo e a nossa energia limitam o poder do Espírito. E não se trata apenas das coisas evidentemente más, mas também de todas aquelas profanas e sem proveito. Por isso a exortação: “E não entristeçais o Espírito de Deus” (Ef 4:30). Quando O entristecemos, Ele continua morando em nós, pois a Palavra nos diz que fomos selados com o Espírito Santo para o dia da redenção (Ef. 1:13-14), mas o gozo e o poder espiritual se perdem. Experimentamos com tristeza este estado até o dia em que nos julgamos e deixamos de lado o que tem entristecido o Espírito, que pode ser a mentira, a ira, as palavras torpes, a amargura, as blasfêmias (Ef 4:25-31). Todas essas coisas são contrárias à ação do Espírito na esfera individual ou na coletiva.Andar no Espírito
Como podemos conhecer o poder vitorioso do Espírito em nossa vida? A epístola aos Gálatas dá a resposta resumida nesta exortação: “Andai no Espírito” (Gl 5:16). Depois de termos crido no Evangelho, Deus nos dá o Seu Espírito, o qual nos sela, mostrando assim que somos Sua propriedade. Depois disto devemos andar no Espírito. De forma prática, Ele deve ser a fonte e a energia de nossa vida. O andar é uma expressão figurada de nossas atividades. Pensamentos, palavras e atos, tudo deve ser submetido ao controle do Espírito. Desta maneira, não satisfazemos os desejos da carne, os quais são anulados pelo poder do Espírito.
De maneira figurada, podemos dizer que a nossa vida está cheia de semeaduras e de colheitas. Cada dia saímos com cestos de diferentes sementes. Podemos meter a mão no cesto da carne e semear para a carne, ou podemos buscar no cesto do Espírito e semear para o Espírito. Podemos ceder à influência das coisas que satisfazem a carne, ou, pelo contrário, ocupar-nos com as coisas do Espírito e, assim, semear sementes produtivas para a glória de Deus (Gl 6:7-9). Na prática, “andamos no Espírito” quando estamos ocupados com os interesses do Senhor e nos alimentamos dEle.
As quedas graves não são as únicas que nos privam do poder do Espírito. Com freqüência é suficiente uma falta de concentração nas coisas de Deus. O Espírito toma do que é de Cristo e no-lo comunica; mas Ele pode estar entristecido devido à nossa preguiça espiritual. Se você fosse dar alguma notícia importante a um amigo e ele o interrompesse sem cessar para falar de coisas triviais, certamente você daria por terminado o seu relato e ficaria entristecido e decepcionado. Da mesma maneira, o Espírito é sensível a tudo o que diz respeito à glória de Cristo. Tanto O entristece a falta de atenção como o fato de nós pecarmos. Peçamos a Deus que nos mostre até que ponto a nossa falta de poder espiritual é resultado disso.



O Espírito, Poder de Serviço


O apóstolo Paulo é um exemplo para os crentes. Observemos, pois, os resultados da ação do Espírito em sua vida de serviço. No período de quase vinte e cinco anos, ele evangelizou diferentes povos que ocupavam vastos territórios. Tal obra não poderia ter sido realizada sem a energia comunicada pelo Espírito de Deus. A sua pregação caracterizava-se pela simplicidade (1 Co 2:1-5); todos os ornamentos da eloqüência humana tinham sido colocados de lado, a fim de que o ato central da cruz fosse visto claramente. As suas palavras eram “demonstração do Espírito e de poder”. Assim, as pessoas convertidas por intermédio dele tinham uma fé que não descansava “em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus”.
Em si mesmo, ele não era mais que um “vaso de barro”, mas por meio dele resplandecia o “conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2 Co 4:6-7). Através do Espírito, seu serviço tinha um caráter vivificante (2 Co 3:6). Nos duros combates pelo Evangelho, as suas armas eram espirituais. Ele derrubava os poderes satânicos entrincheirados no espírito dos homens sob forma de pensamentos orgulhosos e raciocínios opostos a Deus.
Os crentes resultantes desse ministério eram a “carta de Cristo... escrita.., pelo Espírito do Deus vivente” (2 Co 3:3). O Evangelho não tinha chegado a eles “tão-somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1 Ts 1:5).
O Espírito Santo é um “espírito... de poder, de amor e de moderação”, a fim de que o crente possa servir ao Senhor participando “dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus”, ao mesmo tempo que guarda um equilíbrio sadio em sua atividade (2 Tm 1:7-8 e 14). Para o servo de Cristo, o Espírito Santo é, por Sua vez, fonte de poder e de fidelidade.



O Espírito, Poder de Unidade


No dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio à igreja, a qual passou a ser, desta maneira, “habitação de Deus no Espírito” (Ef 2:22). O Espírito Santo faz igualmente sua habitação em cada crente (2Tm 1:14 e 1Co 6:19). Estas duas habitações, ainda que muito relacionadas, devem ser distinguidas uma da outra.
As bênçãos que até aqui temos estudado resultam da habitação do Espírito no crente. Elas são muito preciosas; não obstante, as bênçãos ligadas à Sua habitação na igreja conduzem a um terreno mais elevado: o do corpo de Cristo, o da união dos crentes com Cristo e entre si. O Espírito é um poder de unidade: “Em um só Espírito, todos nós fomos batizados... e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1 Co 12:13; ver também 2 Co 1: 21-22).
O Espírito permite o harmonioso funcionamento do corpo de Cristo (1 Co 12:11). Ele promove, em particular, uma doce comunhão entre os santos (Fp 2:1) e cria neles um poderoso amor, que é a base de todo serviço (2 Tm 1:7). O apóstolo Paulo, depois de ter exposto os belos resultados deste amor manifestado na liberalidade entre os crentes, declara: “Graças a Deus pelo seu dom inefável” (2 Co 9:15). Certamente esse dom inefável é o Senhor Jesus, mas também é o dom do Espírito para cada crente e para a Igreja, uma “superabundante graça de Deus”, da qual somos beneficiários.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

ANDANDO NO ESPIRÍTO SANTO

Andando com o Espírito


“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde”... Mt.11:29-30
Vida no Espírito é lago que se renova a cada manhã. Infelizmente, hoje existem pessoas sobrecarregadas e até mesmo dentro da igreja. Sobrecarregadas por: circunstâncias, problemas, etc... Deus quer nos liberar de toda carga através desta vida no Espírito. (Gl 5.25-26)


COMO FAZER PARA NÃO DEIXAR DE ANDAR NO ESPÍRITO?


1) SENDO FERVOROSO NO ESPÍRITO – RM.12:11 – SERVINDO AO SENHOR.Ser fervoroso no Espírito é ser apaixonado pelo Senhor e o seu propósito.
• Infelizmente, hoje a Igreja tem perdido esta paixão.
2) COMO A IGREJA TEM PERDIDO ESTA PAIXÃO?
A) Quando nós deixamos as coisas preciosas ser tornarem coisas comuns.• Hoje em dia o diabo tem tirado o valor de tudo o que tem valor para Deus – Jo.10:10• O povo de Deus sempre foi conhecido pela sua alegria em toda história.• A igreja perdeu o fervor na humanização
B) Quando começamos a depender das coisas externas, de fora, e não do fluir verdadeiro de Deus – Jo.4:23-24• Para os filhos de Deus a base de tudo tem que vir de DEUS, Ele é a única fonte dentro de nós• Somos o seu templo, e temos que viver como tal• A cada manhã temos que acordar cheios do Espírito
3) VIVEMOS EM UM MUNDO APÁTICO = RM 12:1-2• A apatia vem sobre nós quando nós nos conformamos com a situação. • Temos que tomar muito cuidado com os nosso filhos
4) A IGREJA TEM PERDIDO A VISÃO DO PROPÓSITO DE DEUS, ELA PERDEU O ALVO.• Uma Igreja que vê o propósito de Deus com clareza é uma Igreja fervorosa – (Num.13:14)• Os que perdem o alvo morrem no deserto.• O alvo de Deus deve estar estampado em nós.• Hoje em dia a Igreja tem se voltado mais para a estrutura do que para as vidas.
5) PORQUE O FERVOR É TÃO IMPORTANTE?R: Porque ele é primordial na vida da Igreja, é uma prioridade.Líderes, pastores, músicos, cada serviço deve ser realizado com paixão a Deus. Amor e paixão pelo os irmãos – (Jo.13:34-35)• Não podemos fazer a obra de Deus sem paixão!• Deve ser uma prioridade na minha vida o que eu amo. Temos que observar na vida dos discípulos o que é prioridade.• O que queima por dentro deve fazer diferença por fora• O que queima por dentro você sente o cheiro por fora, e o cheiro deve ser o cheiro de Cristo.• Eu sei o quanto custou o preço da minha vida para Jesus.• Eu não devo ficar preocupado em ser o melhor, mas em dar o melhor para Deus, o melhor para o Senhor da minha vida.• Ser apaixonado por tudo aquilo que Deus ama.


COMO RESTAURAR A PAIXÃO PELO O MOVER?


1) OLHANDO PARA JESUS – É IMPOSSÍVEL ALGUÉM OLHAR PARA JESUS E NÃO FICAR APAIXONADO POR ELE . – EF.5:14/ HEB.12:2/ II COR.3:18• Nós contemplamos o Senhor Jesus, contemplando o verbo = a palavra.• Contemplar Jesus é contemplar a palavra de Deus.• Podemos contemplar Jesus olhando para os nosso irmãos – Mt.18:20
2) PODEMOS RESTAURAR A PAIXÃO RETORNADO AO PRIMEIRO AMOR.• Deve ser uma prioridade – Ap. 2:4• Voltar ao primeiro amor fala de valores que se perderam• Temos que resgatar os valores perdidos• Primeiro amor é comunhão com Deus
3) DEIXE O ESPÍRITO SANTO ATIVAR OS SEUS DONS. • Muitos não aprendem a desenvolver os seus dons – Ef.4:8• Muitos enterraram os seus dons• Temos que ajudar cada discípulo a desenvolver os dons• Cada um tem um dom pelo menos – I Pe.4:10• A partir do natural Deus dá o sobrenatural
4) FAÇA TUDO, AINDA QUE SEJA POUCO, FAÇA TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS• Identifique os dons• Santifique• Deus unge tudo isso• Submeta os seus dons ao corpo• Submeta os seus dons aos líderes• Submeta os seus dons a palavra de Deus
- Não agrada a Deus o enterrar os talentos – Mt.25:14-30- A Igreja deve ser um lugar onde os dons precisam ser despertados
5) VIVA E ANDE PERTO DE GENTE APAIXONADA POR DEUS.• Jovens, olhem para pessoas apaixonadas por Deus• No trabalho, seja sócio de pessoas apaixonadas por Deus
6) NUNCA SE ESQUEÇA DE TUDO O QUE DEUS FEZ POR VOCÊ • Um exemplo negativo – o povo de Israel – Num.12 e 14• Sl.103 – Seja sempre grato ao Senhor por tudo, e nunca se esqueça do que Ele já fez por você.